domingo, 12 de setembro de 2010

Fade to Black (2006)

Um Nome na Lista de Oliver Parker é um filme cuja acção se centra no período pós-guerra de uma Itália conturbada onde o actor/realizador Orson Welles se dirige para participar num filme e que, ao mesmo tempo se vê envolvido numa intensa trama de política e vingança.

Trama esta que envolve não só o futuro político de Itália que viria a ser controlado pelos democratas-cristãos durante quase cinquenta anos como também trata sobre lealdade e traição, denúncia e protecção de judeus durante a ocupação nazi do país.

Tudo isto, note-se... TUDO isto em menos de duas horas de duração dá para no mínimo vivermos a um ritmo de aceleração intenso em que a acção e a intriga quase não têm limites. Certo? Errado...
Aquilo que aqui temos é então um filme que se centra em várias situações nomeadamente a crise política que se vivia em Itália no pós-Segunda Guerra Mundial e nos confrontos iminentes entre democratas-cristãos e comunistas e que, ao mesmo tempo, se centra também no passado recente da ocupação nazi de Itália onde milhares de judeus foram denunciados e deportados em questão de dias e, como se isto por si só já não bastasse é também tema deste filme a crise sentimental e de profissão pela qual passou o seu principal interveniente, o actor Orson Welles aqui interpretado por Danny Huston.
Dito isto é quase escusado de referir que nenhum destes inúmeros temas fica suficientemente explorado e trabalhado fazendo com que todos eles sejam tocados ao de leve e criando várias narrativas em vez de uma só e bem explorada. Nenhum dos temas em concreto consegue despertar o interesse do espectador que acaba por se dispersar entre as várias tramas que circulam por todo o filme.
As interpretações que poderiam ser o bote salva-vidas deste filme também não conseguem ser suficientemente convincentes. Danny Huston cria um Orson Welles até algo interessante mas não o suficiente para haver por ele alguma empatia enquanto que Diego Luna e Paz Vega criam interpretações das quais poderiam ter retirado bastante conteúdo mas que devido a uma qualquer falta de interesse ficaram bastante superficiais. Já quanto a Chritopher Walken não há muito a dizer. Seja qual fôr o papel ele está sempre igual a si mesmo. Parece sempre acabado de sair de um qualquer filme de Mafia e está estagnado por ali.
De resto nada de novo. Muitos temas que poderiam ter sido trabalhados e explorados e umas quantas interpretações que teriam todo o potencial de ser excelentes mas que acabam por "estacionar" na mediocridade fazem com que este filme que poderia ter sido bom não ultrapasse os limites do suficiente.



5 / 10

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