domingo, 24 de outubro de 2010

Green Zone (2010)

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Green Zone - Combate pela Verdade de Paul Greengrass é um intenso filme de acção com Matt Damon no principal papel e que se centra nos acontecimentos que sucederam a invasão americana ao Iraque em 2003.
A história inicia-se por volta de 2003, altura em que as tropas norte-americanas já se encontram no Iraque à procura das tão faladas armas de destruíção massiva. O problema está, claro, que elas nunca iriam aparecer.
Miller (Damon), o responsável por uma equipa que procura as ditas armas, começa a achar estranho nunca encontrar nenhuma após estar em tantos locais indicados pelos serviços de informação secreta. É aqui que começa a questionar a veracidade destas informações e da fonte que as fornece.
É aqui que começa uma intensa perseguição pelas ruas de uma Bagdad semi (ou totalmente) destruída, em que americanos perseguem iraquianos... iraquianos perseguem iraquianos... e americanos perseguem americanos. Sim... temos realmente de tudo. Tudo para salvaguardar aquela que já é considerada uma das grandes "mentiras" desta invasão ao Iraque.
Damon que se encontra novamente em parceria com Greengrass para mais um filme em que mostra os seus dotes de novo "herói" do cinema de acção, tem aqui um interessante papel como militar que questiona as ordens que recebe e que, como tal, resolve tentar realmente descobrir qual a veracidade de todas as informações que lhe são passadas bem como a fonte das mesmas.
Os restantes papéis são secundários demais para merecem algum tipo de destaque, mesmo as de Greg Kinnear ou Brendan Gleeson. No entanto, há que destacar entre os secundários, a prestação de Khalid Abdalla que, apesar de um papel menor, acaba por ser um dos mais marcantes e com alguma razão de existir no filme. Tem motivos para estar lá, se bem que quase sempre "escondido" das atenções do filme, e acaba por ser ele que dá o devido desfecho mais ou menos dramático para um filme que se quer de acção. Este actor britânico já tinha dado mais que muitas provas do seu talento no filme O Menino de Cabul, e aqui confirma-o sem qualquer sombra para dúvidas.
Pessoalmente acho que ainda há muito por explorar nesta nova guerra que ainda tem muito para "dizer". Ao mesmo tempo é claro que estes filmes começam agora a surgir e da ros seus primeiros passos. A muitos mais iremos assistir até que tudo (?) fique dito. No entanto, à semelhança de outras guerras que começaram a ter "direitos" cinematográficos, há que perceber que esta começa a tê-los muito pouco tempo depois de ter começado e ainda sem ter visto um final.
Histórias estas que têm ainda muito para dizer. Muito por questionar. E especialmente muito por perceber. Se o iremos conseguir ou não, isso é outra história.
Quanto a este filme, pode-se seguramente afirmar que já levanta algumas questões que gostaríamos de ver respondidas. Não será para agora é um facto, mas em certa medida confirmam muito daquilo que nós todos, mais ou menos atentos aos noticiários, pensávamos e suspeitávamos. Se a isto adicionarmos que se trata de um intenso e bem construído filme de acção, então temos puro entretenimento, e construtivo claro, durante duas horas que nos conseguem prender ao ecrã a 100%.
Temos a trama política, o drama (algum), bons desempenhos, momentos muito intensos de perseguição e de acção que o tornam num muito bom filme do género, ou não fosse filme de quem é. Paul Greengrass voltou a conseguir firmar-se.
Para os apreciadores do género que não pensam que vamos ter apenas um conjunto de tiros, murros e pontapés, este filme é em indicado. Quanto a prémios, podemos esperar vê-lo nas categorias técnicas da próxima edição de Oscars, nomeadamente nos Efeitos Especiais Visuais e Sonoros e possivelmente Fotografia. De esperar até próximo Fevereiro.
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8 / 10
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