segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Keel (2003)

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Keel de Gabrielle Russell é uma interessante curta-metragem britânica que junta dois jovens numa pequena casa de barco onde ambos fumam e falam sobre uma potencial viagem para longe dali. Existe um amor no ar que sem ser à partida correspondido também não aparenta ser negado ou repudiado, tornando-o assim incerto, inseguro e não assumido.
Ambivalente é também o significado dado à quilha (keel) que dá nome à curta e que tanto se refere àquela onde se encontram os dois, a do barco, como à constelação de que falam na sua já "psicotrópica" conversa.
Acima de tudo esta curta preza pela simplicidade e não mediocridade. Da história, das interpretações e mesmo do seu ritmo aprofundando um sentimento terno entre as suas personagens.
No entanto já não tão simples é a excelente fotografia da autoria de Kamaljeet Negi que coloca as duas personagens do filme não só únicas nele como aparentemente únicas em todo o mundo. Vários são os momentos em que são privados de total clareza do espaço em que se encontram ou mesmo daquilo que os rodeia. Podem, tal como diziam na sua conversa, estar a milhões de quilómetros de um planeta Terra que aparentemente nós, enquanto espectadores, pouco saberíamos ser ou não verdade.
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8 / 10
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